domingo, 13 de maio de 2012

47 - A Canga

O pimentão recheado, acompanhado de molho de tomate, é o prato mais elogiado pelos clientes
Apesar de ser um estabelecimento pequeno e de suas instalações serem modestas, o restaurante A Canga é uma verdadeira legenda da culinária gaúcha. Os carros que estacionam diante do restaurante demonstram o alto nível econômico dos seus clientes. E, pelas placas, se vê que vem gente de longe para fazer suas refeições no restaurante.
A fama do restaurante pode ser mensurada pelo número de sites que o destacam na internet. Digitando A Canga no Google, pode se encontrar inúmeras referências ao restaurante. Quase todas elogiosas. A Canga é um lugar onde se come muito bem a preços módicos. Oferece uma comida que, de certo modo, é exótica, pois é o único restaurante no estado que se especializa em comida húngara. Mesmo exótica, a comida não é estranha. É bem aceita por qualquer um que a experimente.
A extrema simplicidade das instalações, que chegavam a ser precárias, nunca espantaram a freguesia. Mesmo a mais sofisticada. Ultimamente, as instalações foram reformadas e, da cozinha aos banheiros, melhoraram muito.
Um depoimento impressionante sobre A Canga pode ser lido no seguinte endereço:

http://capsaicina.wordpress.com/2007/11/12/a-canga-vulgo-pimentao/

Escrito já há alguns anos, o comentário está desatualizado com relação aos banheiros (que melhoraram muito) mas permanece atual quanto à comida, que não mudou nada.

No site Sabores do Sul, A Canga é um dos dois únicos restaurantes do Vale do Caí que foram referenciados. O outro é o Feijoada Grill, na cidade de Portão.


sábado, 17 de março de 2012

46 - Superaeroporto vai fortalecer o turismo

Um avião como o A380, tem capacidade para transportar até 853 passgeiros
(clique sobre a foto para ver melhor)
Foi anunciada, para daqui a oito anos, a construção, no município de Portão, de um dos maiores e mais modernos aeroportos comerciais do país.
Ele terá capacidade de receber os maiores aviões do mundo, inclusive o Airbus A380, que tem capacidade para transportar 853 passageiros.
Pode se imaginar o que isso favorecerá o turismo nas regiões próximas. Voos fretados trazendo alemães e italianos para conhecer o as regiões que seus compatriotas desbravaram há mais de um século, juntamente com as belezas do Rio Grande do Sul, inclusive Canaela, Gramado, Itainbezinho, Mata Atlântica, Torres, entre outras. No inverno Europeu, vir conhecer esta terra tão diferente, tropical e européia ao mesmo tempo.
Num avião de grande porte, o custo da passagem se torna menor.
Municípios próximos as aeroporto, como o Caí, terão condições privilegiadas de disputar este mercado.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

45 - Lançamento do projeto Rota Estrada Rio Branco

O preofessor Luiz Brambatti apresentou o projeto da nova rota turística ao prefeito Darci Lauermann

No final de fevereiro, os prefeitos do Vale do Caí, Caxias do Sul e Vacaria deverão participar de uma reunião que terá por objetivo criar uma nova rota turística denominada Estrada Rio Branco. Percorrendo a antiga estrada Rio Branco, a rota passará pelo Caí, Bom Princípio, Feliz e Vale Real e depois subir a serra, chegando a Caxias e Vacaria.
As rotas turísticas são grande sucesso e um bom exemplo disto é a Rota Romântica, que já atraiu milhões de turistas. São roteiros temáticos que têm sua motivação em cenários diferenciados, seja pelo aspecto paisagístico ou cultural.
Entre estas existem algumas muito famosas que mostram aos turistas antigas estradas, com marcante significado histórico. É o caso, por exemplo, da Via Claudia Augusta, que vai de Veneza rumo ao norte, passando pelos Alpes. Os turistas reconstituem o caminho de uma estrada contruída pelos romanos há mais de 2.000 anos.
Outro exemplo bem sucedido deste tipo de roteiro é a Estrada Real, que vai de Paraty, antigo porto marítimo na costa do Rio de Janeiro,  até a cidade mineira de Diamantina, passando por São João del Rei, Tiradentes e Ouro Preto. Caminho pelo qual o ouro extraído nas Minas Gerais era levado para Portugal.
Mas o mais famoso roteiro baseado na fama e na glória de uma antiga estrada é o da Rota 66, antiga estrada que liga Chicago a Santa Mônica (na Califórnia) e que inspirou filmes consagrados.
Algo semelhante está sendo proposto pelo professor doutor Luiz Ernesto Brambatti, que é coordenador do curso de turismo da Universidade Federal do Paraná. Na sua fase inicial, o projeto será coordenado pelo secretário do turismo de Caxias do Sul, Jaison Barbosa, com apoio do prefeito João Ivo Sartori.
Em reunião ocorrida nessa segunda feira, na prefeitura do Caí, o professor Brambatti apresentou a idéia de criação da rota denominada Estrada Rio Branco.
Trata-se de uma velha estrada construída a partir de 1874, pelo governo imperial brasileiro. Ela partia do Porto dos Guimarães e ia até Vacaria, nos Campos de Cima da Serra, perto da divisa com Santa Catarina.
Essa estrada foi construída com um propósito definido. Ela serviria para conduzir os imigrantes italianos até a região serrana: especialmente para o local denominado Campo dos Bugres, hoje cidade de Caxias do Sul.
A região serrana, naquela época, era praticamente deserta. Os índios foram retirados dali pelo governo, que os transferiu para o extremo norte do estado, deixando as terras livres para serem distribuídas aos imigrantes italianos.
Depois de chegarem a Porto Alegre, os colonos eram levados de barco pelo rio Caí, até o Porto dos Guimarães, localidade que, em 1875 foi elevada ao nível de cidade e sede municipal, ganhando o nome de São Sebastião do Caí.
O município se estendia até o alto da serra, incluindo o local onde hoje existe a cidade de Caxias do Sul.
São Sebastião do Caí passou a contar logo com uma delegacia e um forum, porque passou a cumprir a função de centro da região colonial, onde os colonos recebiam o apoio prestado pelo governo. A cidade foi planejada com esmero pelos engenheiros do império, com ruas largas e bem traçadas.
Do Caí, os imigrantes iam a pé até Caxias do Sul e localidades próximas. E os seus modestos pertences eram levados em lombo de burro.
Passaram-se vários anos até que a estrada foi alargada e a primeira carreta de bois conseguiu percorrer o caminho do Caí a Caxias.
Até 1910, quando foi concluída a estrada de ferro ligando Porto Alegre a Caxias, as carretas e as mulas foram os únicos meios disponíveis para o transporte de mercadorias.
Ao longo do caminho, se encontram marcas desta época heróica de desbravamento. O cais do porto, no Caí, e a ponte de ferro na Feliz são monumentos à coragem e ao trabalho dos imigrantes, assim como inúmeras casas construídas por eles, que ainda se encontram de pé e poderão ser visitadas pelos turistas.
Depois de constituída a rota da Estrada Rio Branco, milhares de turistas, especialmente os descendentes dos colonos alemães e italianos, percorrerão o mesmo caminho trilhado pelos seus antepassados e poderão ter uma idéia do tremendo esforço que eles tiveram de fazer para transformar matas em lavouras e transplantar para a selva a civilização que deixaram no seu país de origem.
Para quem chega de Porto Alegre, o Caí será o ponto de partida no percurso da Estrada Rio Branco. Além dos locais históricos, os turistas terão a oportunidade de ver paisagens magníficas, principalmente junto ao rio Caí. Passarão por Escadinhas, pela Ponte de Ferro de Feliz (construída em 1900) e visitarão o moderno e magnífico Parque Municipal da cidade. Visitarão a localidade de Vale Real, cruzando o rio na ponte baixa construída pelos agricultores locais, visitarão os parreirais da Forqueta Baixa (na época da colheita) e depois subirão a serra, conhecendo uma paisagem totalmente diferente, mas igualmente bela.