sexta-feira, 30 de julho de 2010

26 - O Parque Centenário continua lindo




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A 18ª Festa da Bergamota aconteceu do final de maio até metade de julho e o Parque Centenário foi enfeitado para ela. Muitas flores foram plantadas e outros melhoramentos foram feitos. Florido, o parque ficou lindo. E o bom é que, passados dois meses, ele continua lindo.
Imagine o que se poderá fazer nesse parque quando o turismo se tornar intenso e o local for visitado diariamente por centenas ou milhares de turistas? A prefeitura poderá investir muito mais, pois a importante indústria do turismo estará gerando empregos e receita de impostos para o município. Não só o parque, como também a cidade toda, com suas praças e avenidas, poderá transformar-se num jardim. Será possível, até, ajardinar os canteiros da RS-122 (rodovia mais movimentada do interior do estado) nas imediações da cidade. Assim como, em Gramado, são enfeitadas as margens de rodovias.

25 - Fábrica Oderich

O latão de salsicha da Oderich vai despertar a curiosidade dos turistas

Um dos maiores pontos de atração turística do Brasil é a fábrica de chocolates Garoto, no Espírito Santo. Os turistas adoram conhecer a fábrica e aprender algo sobre o modo de produção dos chocolates.
O mesmo poderá acontecer com a Oderich, que é uma marca consagrada no país inteiro e até no exterior. Mas será preciso que a empresa se prepare para isso.
Mas, certamente, o latão de salsicha da Oderich que existe no Parque Centenário será atração desde já. Quando o fluxo de turistas se tornar mais intenso, o latão poderá funcionar permanentemente, vendendo cachorro quente e produtos da empresa.

24 - Primeiros passos

Com a criação do fluxo turístico, o Palácio de Vidro deverá ser aproveitado permanentemente, como local de exposições

O turismo tem o poder de mudar uma cidade. Quando o fluxo de visitantes aumenta a cidade se enfeita fica mais divertida. A prefeitura se empenha em embelezar a cidade para aumentar a atratividade dos turistas, que rendem empregos e impostos. Além disso, são criados pontos de visitação, como belvederes para a visualização de belas paisagens, passeios, museus, bares, restaurantes, caçadões etc.
Uma cidade como Gramado seria muito diferente se lá não houvesse a exploração do turismo.
No Caí, o turismo, de forma organizada, começará a ocorrer na próxima quinta-feira, dia 5, com a realização do primeiro city tour.
Este será apenas um pequeno passo. Um simples passeio, feito por caienses, que servirá de experiência para a formulação de um passeio capaz de ser oferecido aos visitantes.
Mesmo assim, pequenas mudanças começarão a acontecer na cidade por causa desse passeio e da perspectiva dele ser o início de uma atividade que venha a se tornar muito importante no futuro.
Um exemplo disso é o Palácio de Vidro, uma construção que existe há muitos anos no Parque Centenário e que tem sido utilizado apenas por ocasião da Festa da Bergamota.
Na quinta-feira, o local deverá estar aberto e será visitado pelos integrantes do primeiro city tour. Lá o conhecido fotógrafo Vilson Nunes da Silva (autor de boa parte das fotos desse blog) estará expondo objetos antigos, que eram usados pelos nossos antepassados. Grande conhecedor do assunto, Vilson vai acompanhar a visita, dando explicação sobre a utilidade e funcionamento dos objetos expostos. A idéia é de que, com o tempo, o Palácio de Vidro, passe a ser usado diariamente, ou ao menos nos fins de semana, abrigando exposições como esta.
Outras atrações deverão ser criadas no parque, de modo que ele ganhe movimentação permanente. Tanto nos dias úteis como nos finais de semana. O parque, que é magnífico, é um exemplo de coisa praticamente pronta para o turismo que o Caí já tem e só falta aproveitar.
O prédio é uma criação de Newton Schüller e foi cocebido para a exposição de flores.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

23 - O Caí é logo ali

O Caí é cercado de natureza, mas fica muito próximo das principais cidades do estado

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Pela riqueza da natureza preservada nos seus arredores, o Caí parece estar muito longe das metrópoles. Mas não. Ele está a apenas 65 quilômetros de Porto Alegre (por rodovia asfaltada de pista dupla) e muito perto de quase todas as principais cidades gaúchas.
Em linha reta, fica a
52 quilômetros de Porto Alegre
49 quilômetros de Caxias do Sul
23 quilômetros de Novo Hamburgo
28 quilômetros de São Leopoldo
13 quilômetros de Montenegro
103 quilômetros de Santa Cruz do Sul
56 quilômetros de Lajeado
51 quilômetros de Bento Gonçalves
E todas estas cidades estão ligadas ao Caí por boas estradas asfalatadas

Por isso, a frase "o Caí é logo ali" pode ser um bom slogan para a campanha de divulgação do turismo no município.

22 - Uma região maravilhosa

O rio Caí desce a serra espremido entre montanhas, criando paisagens maravilhosas

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Quem vive no Vale do Caí dificilmente se apercebe de como essa região é bonita e rica.
A extraordinária qualidade de vida e o grau incomparável do desenvolvimento humano na região (níveis de educação, saúde, seguranaça etc) levaram a prestigiada revista Veja a denominar o Vale do Caí como sendo o Vale da Felicidade.
Além disso, o Vale do Caí, mesmo estando situado entre grandes cidades (Caxias, Bento, Novo Hamburgo, Porto Alegre), preserva a natureza de forma extraordinária. Quem passa pelo Vale de avião, se admira de ver como o verde ocupa a quase totalidade dos espaços.
O rio Caí é margeado por luxuriante vegetação. Quem navega por ele tem a impressão de estar em plena selva, como se fosse a Amazônia ou a África. E no seu curso superior (acima de São Sebastião do Caí) serpenteia entre montanhas enormes. Tão altas que cai neve em algumas cidades da região (Salvador do Sul, São Pedro da Serra, Barão, Alto Feliz e Linha Nova), mesmo que raramente.
A cultura alemã, trazida pelos imigrantes e ainda muito preservada, dá aspecto pitoresco para o povo local e seus costumes. Na maior parte dos municípios da região, é muito comum as pessoas do povo falarem entre si usando o idioma de seus antepassados. A música, a culinária e os custumes apresentam fortes traços da cultura germânica.

21 - O belo prédio do Country Clube

Situado no centro da cidade, o Country Tênis Clube foi construído em requintado estilo inglês

Uma placa na parede indica que a sua construção ocorreu no ano de 1917.
É relevante lembrar que neste ano ainda estava em curso a Primeira Guerra Mundial, na qual a Alemanha e a Inglaterra foram inimigas e o Brasil ficou ao lado dos ingleses. Ao longo do ano de 1917 alguns navios brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães e, em 26 de outubro deste ano, o presidente Wenceslau Brás declarou guerra à Alemanha. Os descendentes de alemães que por aqui viviam, no entanto, tinham simpatia pela Alemanha e isto provocou muita discórdia. Sociedades germânicas, especialmente as de atiradores, foram fechadas ou, no mínimo, tiveram de mudar seus nomes, estatutos e documentos para a língua portuguesa.
Com isto foi despertada a curiosidade sobre a origem desta construção. Quem foi o arquiteto que projetou esta obra de estilo tão diferente? Para que finalidade ele foi construído?
No livro Reminiscências, de Helena Cornelius Fortes, consta que naquele local existiu a Schützen Verein (Sociedade de Atiradores), que teria iniciado suas atividades em 1880 e que passou mais tarde a chamar-se Liga Sportiva.
Consta também, em Reminiscências, que esta sociedade, criada por descendentes de alemães, foi a primeira da cidade e que a sua sede, situada “onde hoje está o Country”, era “um prédio rústico, nada funcional”. E ainda que esta sociedade passou a ser, mais tarde, a Liga Sportiva. Diz Helena Fortes que a prática do tiro ao alvo, a principal atividade do clube, era feita “nos matos do morro onde hoje está o Hospital”.
O livro Caí Monografia, de Alceu Masson (publicado em 1940), informa que haviam na cidade três associações: Liga Sportiva, Sociedade Ginástica e Sociedade Recreativa União. A Ginástica veio a ser, depois, o Clube Aliança e o União situava-se no bairro Vila Rica (conhecido também como Poeira).
O livro não informa, mas tudo indica que a Liga Sportiva funcionava no prédio atual do Country. Consta também que funcionou ali o Tiro de Guerra, forma de treinamento militar existente na primeira metade do século XX.
Walace Kruse, pesquisando em seu arquivo, descobriu que o Tiro de Guerra 471, fundado em Nova Petrópolis em 1917 em 3 de junho de 1919, transferiu-se para o Caí em 1921 tornando-se um dos mais importantes do interior do estado.
Dary Laux, que conheceu a Liga Sportiva na sua infância, diz que ela deixou de funcionar em meados da década de 40. No seu livro Caí, publicado em 1940, Alceu Masson registra a existência, na cidade, de três sociedades recreativas: Liga Sportiva, Sociedade Ginástica e Sociedade Recreativa União.
Com tudo isto, permanecem dúvidas importantes. Por exemplo: Por que e por quem foi construído o prédio (em 1917)?
Teria sido para servir de sede à Liga Sportiva ou ainda à Schützen Verein? Certamente não foi para sediar o Tiro de Guerra, como se chegou a cogitar recentemente. Nem seria muito crível que uma sociedade germânica construisse o seu prédio em estilo inglês.
O primeiro tiro de guerra foi criado 1902, na cidade de Rio Grande, e se difundiu pelo país num movimento patriótico impulsionado pelo poeta Olavo Bilac. Em vários estados eles ainda existem, servindo para a formação de reservistas. No Caí, entretanto, o Tiro de Guerra funcionou até a década de 1930.
A Liga Sportiva encerrou suas atividades na década de 40 e, depois disto, o prédio foi vendido a Victor Adalberto Kessler, que nele implantou uma fábrica de extrato de tomate, no ano de 1947. Fábrica que, embora fosse montada com grande investimento em equipamentos importados, não chegou a funcionar. Tal fracasso se deveu ao fato de que a instalação da fábrica demorou mais do que o esperado e as plantações de tomates que haviam sido feitas por agricultores da região foram perdidas. Depois disto os produtores não quiseram mais produzir para a fábrica.
O Country, ao ser criado, em 1964, adquiriu o prédio da família Kessler, proprietária da Arrozeira Brasileira. A mesma empresa que possuiu uma grande fábrica de cordas e sacos de sisal em Capela de Santana.
O Country Clube tem interesse em saber mais sobre o seu prédio e a sua história. Quem tiver informações sobre o assunto pode se dirigir ao presidente do clube Homero Fortes (fone 99992448).

terça-feira, 20 de julho de 2010

20 - Passeio de barco pelo rio Caí

No futuro, um rápido passeio de barco pelo rio Caí poderá fazer parte do city tur

A mais óbvia atração turística que o Caí tem para oferecer é um passeio pelo seu rio. O rio, no entanto, não tem atualmente boas condições de navegabilidade. Poderia ser ofereicido um passeio curto, que saísse do antigo cais do porto (ou da antiga barca) e levasse os turistas até as imediações da ponte estreita existente rio acima, bem perto dali. Isso, exigiria um pequeno investimento na compra de um barco e a atração só se tornará viável no momento em que houver um fluxo considerável de turistas. Por isso, este passeio só deverá ser oferecido aos turistas num segundo momento.
Mais adiante ainda, poderão ser realizados passeios mais longos pelo rio, indo (por exemplo) do Caí a Montenegro ou vice-versa.

19 - Os macaquinhos do Morro do Hospital




Os macaquinhos caienses frequentam o Bar & Bar, o estabelecimento mais ecológico da cidade 

Houve um época em que a natureza foi devastada na nossa região. Quase todas as áreas próximas às cidades foram desmatadas para dar lugar a roças e pastagens. Hoje, no entanto, a situação está mudando e muitas áreas menos propícias para a atividade rural estão voltando a ser cobertas por árvores. Este fato, somado à maior consciência ecológica, está fazendo com que os animais selvagens voltem a ser encontrados, até mesmo nos arredores das cidades.
É isto que se vê, por exemplo, no Morro do Martim (ou Morro do Hospital) que fica encostado ao centro do Caí. O mato tem aumentado neste morro e a caça, antes intensa, tem sido coibida.
Com isto, os animais selvagens voltaram a viver por ali.
O ex-secretário municipal Martim Adam, que mora no alto deste morro há quatorze anos, tem notado um aumento rápido da vida selvagem nos matos próximos da sua casa.
Hoje é comum encontrar por ali esquilos, ouriços, tatus e aves como papagaios, tucanos, iambus, aracuãs e saracuras.
Mas o que mais surpreende é a presença de um bando de macacos. Um grande bando composto por 26 macacos, costuma visitar a propriedade de Martim. E está aumentando.
Os macacos não são nativos daquele mato. O bando provém de um casal fugido da casa de Canísio Juchem (já falecido) há muitos anos. E, ultimamente, o número de componentes do grupo tem crescido muito.
Para que se tornem uma atração turística, os macacos podem ser acostumados a ir a um determinado lugar (onde lhes será dada comida) em que os turistas possam abreciá-los enquanto eles se alimentam.
Na ilha de Bali, grande destino turístico, os macacos são grande atração para os turistas. Veja em http://www.youtube.com/watch?v=MOVQAvXhvMA. No Caí, seria melhor evitar o mau hábito dos turistas darem comida aos animais, que se vê nessa fita. Melhor será proporcionar aos turistas apenas a oportunidade de observar os macacos nas árvores, a uma certa distância.

18 - O primeiro city tour

Grupo de turistas fará o primeiro passeio turístico pela cidade, no dia 5 de agosto

O Próturismo-Caí é um movimento visando desenvolver o turismo em São Sebastião do Caí. Várias reuniões já foram realizadas nesse sentido e, no próimo dia 5 de Agosto, uma quinta-feira, a idéia vai ingressar no mundo da realidade: será feito, então, o primeiro city tour pela cidade, com um grupo de caienses que costuma realizar excursões para visitar outras cidades do estado. Quem organiza as excursões do grupo é Lise Bohn e é ela que irá orientar, também, este primeiro city tour em São Sebastião do Caí.
Será um tour ainda em caráter experimental, na qual os turistas serão levados a conhecer vários locais atrativos. Alguns bem óbvios, como o Parque Centenário, o antigo cais do porto, o velho prédio da prefeitura e o novo Centro de Cultura. Mas também serão visitados pontos de atração que são desconhecidos até mesmo dos caienses. Um desses é a velha pedreira municipal.
PRÓTURISMO-CAÍ
O projeto Próturismo-Caí é uma iniciativa da secretaria do desenvolvimento do município. A idéia é que, em 2014, quando dezenas de milhares de turistas estrangeiros estiverem em Porto Alegre em virtude da Copa, o Caí seja reconhecido como polo de turismo, contando com muitos atrativos preparados para mostrar aos visitantes.
Mas a idéia do grupo de trabalho envolvido nesse projeto, que inclui cidadãos voluntários, é partir logo para a prática.
O Caí, pela beleza da cidade e da região, e pela proximidade com os grandes centros populacionais do estado, tem enorme potencial para desenvolver o turismo. Esta atividade deverá ser, no futuro, uma grande fonte de renda para os caienses. Por isso a importância desse primeiro passo que estará sendo dado pelo grupo de dona Lise.

17 - A velha pedreira municipal


O paredão da velha pedreira, com 32 metros de altura, será um dos pontos visitados pelos turistas

Situada no morro do hospital, junto ao centro da cidade, a pedreira municipal funcionou durante décadas e muita pedra foi tirada dali pelo pessoal da prefeitura, tanto para melhorar as condições de tráfego nas estradas municipais como para a pavimentação das ruas com pedra irregular.
Até ser fechada, em 1977, eram feitas detonações com dinamite no local. Erácio da Silva era o encarregado de fazer as detonações na pedreira. Um pouco antes da explosão, Erácio gritava, lá de cima do morro, três vezes, a palavra “Fogo”. E o seu grito era ouvido em boa parte da cidade. O que dá uma idéia do silêncio que havia naquele tempo, em que poucos automóveis trafegavam pelas ruas e estradas.
A cada detonação, pedras voavam alto e algumas delas caíam sobre o asfalto da RS-122 ou sobre o telhado da antiga Churrascaria Bagatini. Algumas telhas quebraram nessa churrascaria, que ficava em frente ao posto Tigrão (Esso). Um borracheiro, que trabalhava no prédio ao lado da churrascaria, teimava em não sair do local quando ocorria o aviso das detonações. Certa vez, foi atingido por uma pedra e teve um braço quebrado.
Para evitar o risco de alguma pedra atingir veículos que passavam pela RS-122, funcionários da prefeitura interrompiam o trânsito momentos antes das detonações.
Com o aumento do trânsito na rodovia, tornou-se inviável continuar a atividade na velha pedreira e a prefeitura optou por abrir uma nova, no bairro Angico.
Restou, então, no local, um grande paredão que, abandonado, está cada vez mais tomado pelo mato. Árvores grandes já se criaram no seu entorno e até mesmo na base do paredão, deixando o local ainda mais bonito.
O paredão tem 32 metros de altura e, do alto dele, se tem uma magnífica vista da cidade.
No último governo do prefeito Heitor Selbach (de 1977 a 1983), foi instalada ali uma estrela guia desenhada com lâmpadas, que é usada até hoje na épca natalina.

domingo, 18 de julho de 2010

16 - Breve história de São Sebastião do Caí

O porto no rio Caí teve papel fundamental no surgimento e desenvolvimento inicial da cidade (clique sobre a imagem para ver melhor)

Colonizada por portugueses a partir de 1793, a localidade foi conhecida inicialmente pelos nomes de Praia, Porto do Mateus e Porto do Guimarães. Isso porque o rio Caí, no seu curso inferior, se caracteriza pelo fato de ter barrancos altos nas suas margens. Como no local existia uma prainha (e ainda hoje existe, com o nome de Praia da Manteiga) o local se diferenciava. E esse, na época, era um fator importante, pois ao contrário do que acontecia nos locais de barranco, a prainha tornava mais fácil atracar um barco e tornava-se mais fácil chegar até junto dele com uma carreta ou uma mula carregada de mercadorias.
Foi isso, certamente, que levou o primeiro cainse, Bernardo Mateus, a escolher esse local para instalar a sua casa e as suas roças. Em 1806, Manuel dos Santos Borges veio a se instalar junto à terceira cachoeira, no local hoje conhecido como Várzea da Vila Rica e, pouco a pouco, novos moradores foram se instalando no local em que hoje se encontra a cidade. Principalmente depois do falecimento de Bernardo Matheus, quando a sua propriedade começou a ser vendida pelos filhos.
Inicialmente, os novos proprietários foram de origem lusa, como Dona Theodora Antônia de Oliveira e o Tenente Coronel Antônio José da Silva Guimarães Júnior. Em No ano de 1848, Antônio Guimarães criou - em sociedade com Manuel dos Santos Borges - passou a vender pequenos lotes de terra, visando desenvolver uma povoação. Antônio José da Silva Guimarães estabeleceu-se com um armazém e tinha interesse em promover a povoação do local.
Mais tarde, por volta do ano de 1858, várias famílias de colonos de origem alemã passaram a se estabelecer em torno da povoação, que começava a se formar. Ela cresceu e ganhou o nome de São Sebastião do Caí.
Numa época em que ainda não existiam estradas na região, a navegação pelo rio Caí era o modo mais eficiente de transportar as mercadorias produzidas pelos colonos. Por isso, o porto que surgia junto à povoação nascente - conhecida então como Porto do Guimarães - passou a ter grande importância. O local era o último ao qual se conseguia chegar de barco, vindo de Porto Alegre, pois logo acima o rio se torna encachoeirado.
Nessa época, São José do Hortêncio, Feliz e Bom Princípio eram mais povoados e prósperos que o Caí, pois lá se estabeleceram - antes - os colonos alemães com sua grande capacidade produtiva.
A partir de 1872, porém, o lugarejo tomou um grande impulso, pois era através dele que os imigrantes italianos seguiam a caminho da Serra. E eram muitos colonos. Dezenas de milhares de italianos desembarcaram no porto de São Sebastião do Caí e dali seguiram (a pé) para os núcleos de colonização que surgiram em torno do local então chamado Campo dos Bugres, hoje Caxias do Sul.
Com isto, São Sebastião do Caí tornou-se cidade muito rapidamente. Já em 1875, a pequena vila foi elevada à condição de sede de um enorme município do qual fazia parte a região colonial italiana surgida em torno do Campo dos Bugres. Os colonos italianos da Serra e os alemães do Vale do Caí passaram a ter São Sebastião como a sua sede municipal. Funcionava ali, além da prefeitura (na época Câmara Municipal), a delegacia e o forum aos quais os colonos, alemães e italianos, tinham de apelar quando necessário.
Todas as riqueza produzida pelos colonos alemães do Vale do Caí e italianos da Serra eram exportadas pelo porto de São Sebastião do Cai. E não era pouco. No fim do século XIX, o Vale do Caí chegou a ser o maior produtor de feijão do Brasil, graças à laboriosidade e à superioridade técnica do agricultor de origem alemã. Também foram notáveis a produção de mandioca, alfafa e frutas cítricas. Pela carência de boas estradas (a RS-122 só foi asfaltada na década de 1950), a navegação pelo rio Caí desenvolveu-se intensamente. E a cidade cresceu graças à atividade comercial.
A banha, produto de grande valor e de fácil exportação, transformou-se numa grande riqueza regional, gerando grandes fortunas. E a acumulação de capital resultou na criação de grandes empresas, com destaque para as de Adolfo Oderich, A J Renner, Frederico Mentz e Cristiano Trein.
Em 1911 foi inaugurada a linha ferroviária entre Porto Alegre e Caxias do Sul, tirando movimento do porto caiense e começando uma fase de longa estagnação da economia local. Neste período, A J Renner, que começou sua atividade industrial no Caí, trasferiu-a para Porto Alegre. E a fábrica Oderich também desviou suas principais atividades para Canoas, onde foi criada a empresa Frigorífico Sul Riograndese (que depois tornou-se Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros SA - Frigosul). O empreendimento, que chegou a ser muito grande, acabou malogrando e a indústria Oderich sofreu muito com isso. Na década de 1950, a Oderich chegou quase a fechar.
O progresso só voltou na década de 80 do século passado, com as fábricas de calçados da Azaléia e a nova fase de crescimento da Oderich, além do fortalecimento do Caí como centro comercial da região. Novas indústrias, como a Qix, Agrosul e Cláudio Vogel se instalaram no município na primeira década do milênio, amenizando os efeitos da perda das fábricas Azaléia.
Atualmente, apesar do fechamento das fábricas da Azaléia, ocorrido em 2005, São Sebastião do Caí recupera a sua pujança econômica graças ao vigor das suas indústrias, ao seu dinamismo comercial e à força do setor rural.

sábado, 17 de julho de 2010

15 - Caí Shopping

Foto: Vilson Silva
O Calçadão poderá ser ponto de visitação, dando oportunidade a que os turistas façam algumas compras

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Há mais de 20 anos vem se desenvolvendo a idéia de que São Sebastião do Cai é um Shopping Center. Ou seja, um local agradável e seguro, no qual se concentra grande número de lojas qualificadas, além de uma boa praça de alimentação. Um lugar bonito, onde se vai para passear e fazer compras e se tem facilidade de estacionamento.
Esta idéia, amplamente divulgada desde então, contribuiu para que o Caí se tornasse uma cidade de comércio vigoroso (acima do que se poderia esperar para uma cidade do seu tamanho).
No projeto de turismo para São Sebastião do Caí deverá ser incluído o roteiro Caí Shopping, no qual os turistas serão convidados a, além de visitar lugares interessantes, fazer suas compras no comércio local. Centenas de empregos poderão ser gerados dessa forma.
Assim como, para se criar ar um roteiro turístico, é preciso preparar os locais de visitação, também os estabelecimentos comerciais terão de se preparar para o atendimento aos turistas, com produtos, condições de venda e oferta diferenciados. A apresentação do prédio, vitrines e o atendimento precisarão ser apriomorados constantemente.
Amadurece na cidade a idéia de ser construído um shopping center no terreno hoje ocupado pelo antigo prédio do Clube Aliança. Com o desenvolvimento do turismo na cidade, esta possibilidade se fortalece.
Num primeiro momento, o roteiro turístico poderá incluir uma visita ao Calçadão, onde existem sorveteria, padaria com produtos coloniais, e diversas lojas. Pode ser visitada, também, a Casa do Artesão e o varejo da Oderich (ou o Oderich Shop, no bairro Conceição). Na mesma ocasião os turistas poderão fazer, a pé, o percurso entre a Casa do Artesão e a Igreja Matriz, passando pelo Centro de Cultura, Calçadão e Praça Edvino Pulhl.

14 - A Copa vem aí

A meta é, em 2014, o Caí já dispor de uma completa estrutura, capaz de proporcionar passeios atraentes para milhares de turistas estrangeiros

Em 2014, Porto Alegre será uma das subsedes da Copa do Mundo de Futebol. Quatro seleções estarão jogando na capital gaúcha e suas torcidas vão passar cerca de duas semanas hospedadas em hotéis de Porto Alegre e cidades vizinhas. Entre um jogo e outro, os torcedores terão muito tempo para fazer passeios e um dos destinos escolhidos por eles poderá ser São Sebastião do Cai.
A proximidade com Porto Alegre ajuda muito. Mas, até lá será necessário preparar a cidade para receber os turistas, melhorando o acesso aos pontos atrativos, viabilizando um passeio pelo rio, implantando hotéis e qualificando os bares e restaurantes.
Mas o Caí não vai esperar até 2014 para fazer isso. Um movimento surgido na Festa da Bergamota, por iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura Municipal, já está mobilizando forças interessadas na implantação do turismo como importante fator de geração de emprego e renda.
A decisão do grupo interessado em implementar esse projeto, depois de três reuniões efetuadas, foi de começar logo o trabalho com a realização de excursões em caráter experimental. A primeira delas deve acontecer em agosto deste ano. Ou seja, dentro de duas semanas.

13 - A ponte de ferro do arroio Cadeia

Além de bela paisagem, a velha ponte de ferro sobre o arroio Cadeia é um monumento histórico ainda bem conservado

Quem passa hoje pelo local, se surpreende ao encontrar esta obra de engenharia de características incomuns. Considerando-se a estrada em que se encontra (de pouco movimento), a obra tem porte majestoso. Trata-se de uma ponte sobre o arroio Cadeia, situada a poucos quilômetros de São Sebastião do Caí. Mas as suas características são bem diferentes das obras realizadas atualmente. E não é para menos, pois esta ponte foi construida há mais de 70 anos, num tempo em que a estradinha hoje pouco transitada era a principal rodovia para a ligação da região de São Sebastião do Caí com Porto Alegre.
A ponte de ferro sobre o arroio Cadeia foi construída em 1931. E, para os padrões da época, era uma grande obra de engenharia.
Antes dela, a travessia do arroio era feita com uma barca. Ou a vau, quando o rio estava baixo. Atravessar o rio a vau significa enfrentar a travessia a pé ou a cavalo. O que se tornava muito perigoso quando, depois de alguma chuva, o arroio ficava cheio. O Passo do Cadeia, ou seja, o lugar usado para estas travessias, ficava há algumas centenas de metros arroio abaixo.
A obra da ponte vinha sendo reclamada há muito tempo pela população caiense, já que a comunicação por terra para Porto Alegre tinha na travessia do arroio Cadeia o seu principal obstáculo.
Desde 1923 a obra havia sido contemplada no orçamento do estado com a verba de 80 mil contos de réis. Mas só sete anos mais tarde, sendo Getúlio Vargas o governador do Estado, a obra foi realizada.
Contava-se antigamente, como fato real, a anedota de que, Getúlio (quando era ainda presidente do estado*) esteve no local e comentou no armazém de Jacob Klein (situado próximo à ponte, num prédio ainda hoje bem conservado) que brevemente a ponte seria construída. Getúlio não havia se identificado ao chegar no armazém e o comerciante (que era maragato, ou seja, opositor aos governistas chamados de chimangos) desdenhou da profecia. Dizendo que isso era conversa fiada dos políticos. Getúlio, então, se identificou e - irritado com a descrença de Jacob Klein - disse que ele iria ver. E a obra foi realizada rapidamente.
A ponte foi construída em nível elevado, para ficar fora do alcance das enchentes. E conta com um piso de cimento armado, além da superestrutura metálica.
A realização desta obra teve grande importância para a melhoria das comunicações na região. Com ela, tornou-se mais viável o deslocamento por estrada entre São Sebastião do Caí e Porto Alegre. Antes disto a comunicação entre estas duas cidades era feita quase que exclusivamente por barco, através do rio Caí.
* Getúlio governou o Rio Grande do Sul de 25/01/1928 a 9/10/1930. Depois do que assumiu a Presidência da República, mediante o movimento armado conhecido como Revolução de 30.


12 - Por enquanto, só potencial

Foto: Vilson Silva
Com bastante esforço e pouco investimento, será possível tornar o Caí um dos principais destinos turísticos do estado

Pela sua proximidade, encantos naturais, tranquilidade e cultura diferenciada, o Caí pode se tornar um grande destino turístico. Precisa, porém, se preparar para isso. No futuro, um barco poderá fazer passeios pelo rio Caí e outras atrações importantes poderão ser criadas para encantar os turistas. Também no futuro, hotéis de bom nível serão construídos na cidade.
Antes disso, porém, com pequenas melhorias nos locais já disponíveis e com organização no atendimento ao turista, já será possível oferecer ao mercado de turismo regional um produto muito atraente: um passeio rápido, agradável e econômico, seja para os excursionistas, seja para aqueles que passeiam com o seu próprio carro. Um esforço nesse sentido já foi iniciado e a Prefeitura Municipal está empenhada no projeto. É preciso, agora, que todos os interessados se unam em torno dele, para tornar o turismo em São Sebastião do Caí uma realidade e uma importante fonte de renda para a sua população.

11 - Cidade antiquária

Fotos: Vilson Silva

São Sebastião do Caí é o maior centro de comércio de antiguidades do estado. Em dezenas de lojas, se pode encontrar preciosidades do passado a preços acessíveis

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O município teve forte colonização de imigrantes alemães e o idioma dos seus ancestrais ainda é falado por muitos moradores, principalmente no interior. A música alemã, de bandinhas, assim como as danças típicas são riquezas culturais preservadas pelos caienses.
Por esse motivo, e também pelo esplendor que viveram a cidade e a região no final do século XIX e início do século XX, há uma grande quantidade de móveis e objetos antgos, muitos de origem européia e, especialmente, alemã. O que, dertamente, contribui para que o comércio de antiguidades se desenvolvesse muito no município.
O Caí é, também um dos maiores produtores de flores do estado. Produz frutas cítricas de altíssima qualidade, com destaque para as bergamotas. O suco de bergamota tem um sabor diferente, sutil e agradável. Produtos coloniais como pães caseiros, cucas e roscas podem ser facilmente encontrados no comércio local.
São muitos os prazeres que aguardam o turista que visitar a cidade. Mas é necessário que ela se prepare para receber essa visita.

10 - O antigo e o moderno, lado a lado

Foto: Vilson Silva
O prédio da Prefeitura e o do Centro de Cultura, convivem harmoniosamente, mas o primeiro foi construído um século antes do segundo

O Caí é uma cidade moderna, mas respeita e preserva o seu passado. Conta com bons restaurantes, bares e comércio vigoroso. Mesmo assim preserva aspectos de uma pequena e acolhedora cidade do interior, onde as pessoas ainda se cumprimentam nas ruas.

9 - Muito perto

Fotos: Vilson Silva



O Parque Centenário, assim como os outros pontos atrativos mostrados nesse blog, estão situados dentro da cidade, exigindo deslocamentos muito curtos para chegar até eles

São Sebastião do Caí fica muito perto de Porto Alegre e dos demais grandes centros urbanos do estado. Em uma hora de viagem, um porto-alegrense ou um caxiense chega tranquilamente até a cidade. E existem muitos pontos atraentes no seu centro urbano e seus arrabaldes. Todos cituados a poucas centanas de metros um do outro.
Com isso, fazer um passeio até o Caí é muito fácil, rápido e barato. Um tur até a cidade poderá ser oferecido pelas agências como uma opção de passeio rápido a preço muito acessível. Para quem já visitou várias vezes Gramado, já andou de Maria Fumaça em Bento e percorreu a Rota Romântica, fazer esse passeio até o Caí será uma excelente opção.

8 - Junto da natureza

Fotos: Vilson Silva
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A velha pedreira, situada junto ao centro da cidade, impressiona pela grandiosidade do seu penhasco e pela vista que se tem do seu topo.
Para acessar o alto do penhasco se poderá construir passarelas em madeira rústica, como essse existentes no Parque da Ferradura, em Canela.
O rio que se contempla no Parque da Ferradura, é o nosso rio Caí

O turista originário das grandes cidades aprecia o contato com a natureza. E isso não vai faltar para quem visitar São Sebastião do Caí. O turista não vai precisar de muito tempo para percorrer vários locais em que terá o prazer do contato com vegetação nativa e outras maravilhas naturais.
Um exemplo disso é a velha pedreira, que está situada junto ao centro da cidade e apresenta um impressionante penhasco, com 32 meros de altura, do alto do qual se vislumbra uma magnífica vista da cidade. Nos matos que cercam a pedreira vive, livremente, um bando de macacos em estado selvagem.

7 - Infraestrutura de alimentação

O Caí já conta com vários restaurantes de ótima qualidade, alguns até com prédios espetaculares, como a Tratoria Di Variani e o República

Ao contrário de outras cidades que pensam em desenvolver o turismo, o Caí não precisa investir muito no setor de alimentação. A cidade já conta com grandes e bem montados restaurantes. O mais conhecido deles é a Tratoria Di Variani, situada junto à RS-122 (na metade do caminho entre Porto Alegre e Caxias do Sul). Contando com um grande e bonito prédio, a Tratoria tem tradição de três décadas e oferece comida de excelente qualidade.
Menos conhecido, mas também contando com estrutura excepcional, existe ainda o restaurante República, situado no centro da cidade. Com um grande prédio de quatro pisos, o República utiliza atualmente apenas uma parte das suas instalações.
Além disso, vários outros bons restaurantes funcionam atualmente na cidade, como o Nono Alberto e o Harmonia, na RS-122 e o ... no Centro.
Também o Fera River, situado junto ao antigo cais do porto está com suas instalações prontas, a espera de um fluxo turístico que justifique a sua utilização constante. Atualmente é usado eventualmente, para a realização de festas. O belo prédio do Country Tênis Clube também conta com um restaurante que poderia preparar-se para o atendimento a turistas.
Notável, também, é o tradicional restaurante A Canga, no bairro Conceição. Famoso, há mais de quarenta anos, pela sua excelente comida húngara.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

6 - Qualidade de vida

Foto: Vilson Silva

Muita natureza, gente boa e simpática, uma história rica, gastronomia admirável... O Caí tem tudo de bom e fica logo ali.

O Caí é hoje uma cidade pequena e modesta, mas que cultiva o convívio harmônico com a natureza e onde se vive com qualidade. Banhada pelo belo rio Caí, a cidade tem muito de bom para oferecer aos seus habitantes e aos turistas que a visitam.
Pela proximidade com os grandes centros e o muito que tem a oferecer aos seus visitantes, a cidade apresenta enorme possibilidades de fazer do turismo uma atividade intensa e rentável.
Um passeio ao Caí, seja em excursão ou numa viagem com a família - em automóvel - é rápido, econômico e muito gratificante.
Para que o turismo se torne uma riqueza, capaz de gerar emprego e renda para a população, no entanto, é necessário montar uma estrutura de atendimento e preparar melhor os locais de visitação.

5 - Cidade histórica

Foto: Vilson Silva
Nesse belo sobrado, o empresário Adolfo Oderich iniciou os negócios que resultaram na empresa Conservas Oderich SA, ainda hoje sediada em São Sebastião do Caí

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No final do século XIX e início do século XX, São Sebastião do Caí viveu uma fase dourada. A exportação de banha, além de feijão e outros produtos coloniais, foi a alavanca inicial de uma fase de grande prosperidade. Depois vieram as indústrias, como a fábrica Oderich, uma das primeiras do mundo a produzir conservas de carnes.
Prédios da época, como o da foto, ficaram como marcos dessa época em que o Caí foi uma das mais ricas e dinâmicas cidades do estado.
Trata-se de um casarão no qual funcionou o estabelecimento comercial de Adolfo Oderich, o início do grupo empresarial que hoje comanda a Conservas Oderich SA. Empresa que tem ainda a sua sede em São Sebastião do Caí.
O casarão no qual está instalado hoje o FERA RIVER está siutaod às margens do rio Caí, na esquina de início da rua Tiradentes.
No passado foi a casa de comércio de Carl Adolph Heirich Oderich e o local onde está situado, hoje tranquilo, era o mais movimentado da cidade: o cais do porto.
Adolfo Oderich, nascido na Alemanha, foi o iniciador das indústrias Oderich. Depois de estudar técnica comercial na Alemanha, ele veio ao Brasil para trabalhar e adquirir experiência. Casou-se com uma das filhas do comerciante e cervejeiro Ritter, de Linha Nova e acabou por radicar-se no Caí, onde desenvolveu atividades comerciais e industriais.
Dedicou-se principalmente à produção de banha, que exportava para o centro do país e para o exterior. Foi seu filho Carlos Henrique Oderich que fundou a fábrica de conservas Oderich, em 1908.
Ao lado do casarão havia a casa do doutor Hunsche, com frente para o rio. Ficava no local onde hoje se encontra o estacionamento fechado do Fera River. O filho do doutor, chamado Carlos Henrique Hunsche, foi o maior historiador da imigração alemã no Rio Grande do Sul.

4 - A felicidade perto de nós

Fotos: Vilson Silva



Nas águas do rio Caí, comungando com a natureza, o prazer de viver em paz

Pensamos, muitas vezes, que a felicidade e a beleza estão longe de nós e que não são alcançáveis.
Então, de repente, se descobre que o melhor da vida é aquilo que está bem perto da gente.
Ao alcance das nossas mãos.

3 - Um imenso parque natural

Fotos: Renato Klein
Um viajante, certa vez, apontou o rio Caí como sendo o mais belo rio do mundo (clique sobre a foto para ver melhor)

Na verdade, todos os rios são belos. Principalmente aqueles que têm, nas suas margens, a natureza bem preservada. E esse é o caso do rio Cai.
Quem por ele navega, raramente vê um prédio. A mata nativa está muito bem conservada e a sensação que se tem ao percorrer o rio em um barco é de que se está no meio da selva. A impressão é de estar na Amazônia ou nas selvas da África. O silêncio predomina e os sons que mais se ouvem são os de canto dos pássaros.
Quase não se acredita que cidades tão grandes como Porto Alegre, Caxias ou Novo Hamburgo ficam tão próximas desse verdadeiro paraíso natural.

2- Grande Potencial

Foto: Vilson Silva
A natureza cerca a cidade, amenizando o clima e confortando a alma

São Sebastião do Caí é uma das cidades gaúchas com maior potencial para o desenvolvimento do turismo.
Esta afirmação, surpreendente e aparentemente exagerada, na verdade se fundamenta em dados concretos.
O Caí, como a cidade é geralmente conhecido, é uma cidade pequena e acolhedora, cercada de natureza e perto de tudo...
...inclusive da felicidade.
Mais uma vez parece que estamos diante de uma afirmação vaga e incerta.
Mas as estatísticas demonstram que o Vale do Caí é uma das regiões mais desenvolvidas e com melhor qualidade de vida do país. Constatação que, inclusive, levou a revista Veja a dedicar reportagem de oito páginas referindo-se à região do Vale do Caí como sendo o Vale da Felicidade.
A afirmação de que o Caí está perto de tudo reflete a realidade de estar ela a 60 quilômetros, ou menos, dos principais centros populacionais do estado: Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Bento Gonçalves, São Leopoldo e outras cidades com grande população de alto poder aquisitivo.
Também é verdade que a cidade é cercada por natureza. Isso se percebe logo que se deixa a RS-122 (rodovia duplicada que liga a cidade a Porto Alegre e Caxias) para acessar a cidade. Por mais de um quilômetro, apenas a vegetação margeia a rodovia.
Outra prova de como a cidade é cercada por natureza pode ser vista na foto que ilustra a postagem 1 desse blog.

1 - Estratégia de desenvolvimento

Foto: Renato Klein
O turismo irá desempenhar o papel de gerador de emprego e renda (clique na imagem para ver melhor e depois clique mais uma vez)

São Sebastião do Caí é um município geograficamente muito bem situado e razoavelmente desenvolvido. Cheio de belezas naturais e de registros históricos.
Necessita, entretanto, de uma eficaz estratégia de desenvolvimento para atingir o nível dos países avançados. Meta que o vizinho município de Tupandi já atingiu e outros da região estão próximos de alcançar.
Para chegar ao objetivo, São Sebastião do Caí já dispõe de um caminho seguro: seguir o modelo bem sucedido em Tupandi, que é perfeitamente aplicável também para o seu caso. Este modelo é baseado na produção de frangos e suínos com moderna tecnologia. Uma fórmula que teve extraordinário sucesso naquele município vizinho. Tupandi, em 20 anos, transformou-se completamente. De um município pobre, com nível de renda comparável ao dos países africanos, num município rico, com grau de desenvolvimento comparável ao de Portugal. E segue progredindo rapidamente, devendo atingir - em breve - o nível de países como a Alemanha.
Seguir este modelo, portanto, é um rumo garantido para o progresso caiense.
Porém, os aviários não dão muito emprego e São Sebastião do Caí conta com uma população relativamente numerosa (23 mil habitantes, enquanto que Tupandi tem apenas 4 mil) que necessita de boas oportunidades para melhorar a sua renda.
Para gerar empregos para a população urbana, o desenvolvimento do comércio e do turismo é uma excelente oportunidade. Como destaca o secretário municipal do desenvolvimento, Alzir Bach, o turismo é a atividade que mais cresce e gera empregos atualmente.
Esta é, portanto, uma boa oportunidade para o Caí, que tem grande tradição como polo comercial da região e excepcionais condições (ainda não aproveitadas) para o desenvolvimento do turismo.
O desenvolvimento da "indústria sem chaminés" deverá funcionar, portanto, como um importante complemento do projeto de desenvolvimento do município.